domingo, 26 de outubro de 2014

Párodia da Música Zen-Anitta


Melhor Amigo

Quando estamos sozinhos,
procurando uma direção,
é felicidade que não se mede ,
quando alguém nos estende a mão.

No escuro é a luz,
o companheiro que conduz,
entre risadas e brincadeiras
queremos levar para a vida inteira .

Gente que tem preocupação
e que gosta de coração,
é o tipo de gente que
é a água no deserto,
essas pessoas precisamos por perto.

É aquela pessoa que você entende no olhar,
pode chamar se precisar,
é aquilo que te faz bem,
que você pode compartilhar
segredos bons ou maus também.

Esse tipo de alguém,
quando você encontrar,
não deixe escapar,
é aquele que te protege do perigo,
alguém assim é o teu melhor amigo.

composto por : Adriane Tretter,Georgia Horrana,Nathalia Peyrot e Nicole Hamerski.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Párodia da Música Zen-Anitta

                                                                   Música Original           
  
                                                                          Zen 
                                         Anitta
Ooh ooh ooh ooh

Olha 'cê' me faz tão bem
Só de olhar teus olhos, baby eu fico zen
Coração acelerado a mais de cem
Juro que eu não quero mais ninguém
Você me faz tão bem

Olha 'cê' me faz tão bem
Só de olhar teus olhos, baby eu fico zen
Coração acelerado a mais de cem
Juro que eu não quero mais ninguém
Você me faz tão bem

Olha
Baby eu não tô mais na idade
Se quiser ir embora fique a vontade
Esperava um pouco de maturidade em você
Olha
Tenta me levar a sério
Esse nosso lance já não tem mistério
Eu já te falei que tudo o que eu mais quero é você

Então tenta não me provocar
Que eu prometo não vou complicar
Feito nuvem solta pelo ar
É assim que eu vou te levar
Porquê

Olha 'cê' me faz tão bem
Só de olhar teus olhos, baby eu fico zen
Coração acelerado a mais de cem
Juro que eu não quero mais ninguém
Você me faz tão bem

Olha
Baby eu não tô mais na idade
Se quiser ir embora fique a vontade
Esperava um pouco de maturidade em você
Olha
Tenta me levar a sério
Esse nosso lance já não tem mistério
Eu já te falei que tudo o que eu mais quero é você

Então tenta não me provocar
Que eu prometo não vou complicar
Feito nuvem solta pelo ar
É assim que eu vou te levar

Porque
Olha 'cê' me faz tão bem
Só de olhar teus olhos, baby eu fico zen
Coração acelerado a mais de cem
Juro que eu não quero mais ninguém
Você me faz tão bem

Olha 'cê' me faz tão bem
Só de olhar teus olhos, baby eu fico zen
Coração acelerado a mais de cem
Juro que eu não quero mais ninguém
Você me faz tão bem

Ooh ooh ooh ooh

http://letraclub.com/mc-anitta/zen.html



                                                                    Paródia

Razão da Vida

O amor é a razão da vida
        Ele que cuida todas as feridas 
Nunca deixe de amar
Só existe “pra” ajudar
É o que vai te guiar

Olha
Se a vida piorar
Tem amigos “pra” ajudar
Nunca deixe de lutar por você
Olha
Não pense em desistir
Se você quer,vai conseguir
Nunca deixe de lutar por você

E mesmo que a vida tentar
Todos os problemas vou ignorar
Feito o amor solto pelo ar
É assim que vamos superar

Porque
 O amor é a razão da vida
 Ele que cuida todas as feridas
Nunca deixe de amar
Só existe “pra” ajudar
É o que vai te guiar

                                                                                                       


domingo, 12 de outubro de 2014

Tirinha : Um amor da 3ª idade


http://diegoparacriancas.blogspot.com.br/2010/11/tirinha-um-amor-da-3-idade.html

Parágrafo baseado no artigo "A importância do amor em nossas vidas"

Sem amor nada é feito,o ato de amar desperta em nós as melhores virtudes que existe como a sabedoria e a compaixão.Despertamos a sabedoria,pois para amar é preciso ter a responsabilidade de cuidar de outra vida e amadurecermos mentalmente para poder compreender que o amor é algo superior e para praticá-lo é preciso da compaixão,que é olhar o nosso próximo com solidariedade,e saber que existe no mundo outras pessoas que precisam de carinho além de nós.
Hoje em dia,a violência tem se destacado bastante,mas não podemos deixar de lutar para conseguirmos um mundo melhor,o mundo precisa de mais amor,mas não são as palavras que vão melhorar o mundo e sim as atitudes.Aproveite melhor o tempo demonstrando carinho a quem você ama,o passado já passou,o futuro ainda virá,mas o hoje é uma dádiva,o nosso presente é um presente que devemos compartilhar.Compartilhe dando amor.

Tirinha: "O Essencial da vida..."


Parágrafo Baseado no Artigo: "A importância do amor em nossas vidas"


O tempo passa e com ele nossos pensamentos se modificam, quando somos crianças nossos olhos são cheios de compaixão e amor, vivemos de uma forma simples e enxergamos o mundo diferente, mais fácil e puro..
Mas ao longo do tempo que crescemos, deixamos as dificuldades da vida, a violência do cotidiano e as atrocidades cometidas de uma forma tão desumana, afetarem o nosso coração cheio de amor, trazendo o egoísmo e deixando a pureza para trás.
Podemos transformar o pensamento daqueles que não colocam o amor em primeiro lugar, daqueles que não sabem o verdadeiro sentindo de estar vivo a cada dia, comece fazendo a sua parte. E não deixe morrer a criança que existiu dentro de você, renove a cada dia seu coração com coisas boas, assim não terá espaço para que as maldades do mundo acabem com o sentimento pelo qual estamos vivos hoje, o amor!

Por: Nathalia Peyrot Marciano

Parágrafo baseado no artigo "A importância do amor em nossas vidas"

O amor é vivenciado por todas as formas desde o nosso nascimento até os dias de hoje. Nos dias atuais o amor foi substituído pela mesquinhez e a irritabilidade das pessoas. Estas se esquecem de demonstrar um ato de amor, como um abraço inesperado, um beijo no final do dia, o famoso "eu te amo" dito nos melhores momentos de nossas vidas. Todos somos capazes de amar, ou tocar um coração frio, o fazendo sentir o calor do amor novamente. O amor quando machucado demora para cicatrizar, mas o ferimento se fecha e voltamos a amar, pois este sentimento puro vive dentro de nós e sempre esta conosco a todo momento de nossas vidas.

sábado, 11 de outubro de 2014

tirinhas









Parágrafo baseado no artigo "A importância do amor em nossas vidas"

Na vida devemos valorizar cada dia que passa e aproveita-los como se fossem os últimos, dando valor as coisas simples e demonstrando nossos sentimentos a quem amamos. Um abraço de forma inesperada, um beijo antes de mais um dia cansativo, um "eu te amo" sincero todos os dias, muda o mundo. Com a correria do dia a dia acabamos deixando de lado demonstrações de carinho e afeto com aqueles que convivemos, tornando nossos dias monótonos e cansativos, pois com simples atos e palavras, transformamos o modo de pensar e agir daqueles que convivemos. Em poucas palavras, sentimento exposto é uma das melhores fraturas, podendo ou não deixar cicatrizes pra sempre em nossas vidas,

A importância do amor em nossas vidas

  • “Amar é...”. Nos anos 1960, a artista neozelandesa, Kim Grove, inventou essa série, que retratava um menino e uma menina apaixonados um pelo outro. Quando essas encantadoras figurinhas desembarcaram no Brasil eu era um bebê (pois é, faz tempo!). Mas acho que ela ainda é um bom exemplo do que entendemos por amor.
    Se você também é dessa época, creio que sua lembrança acerca do menino e da menina gira em torno de algo tranquilo, bom e reconfortante. Para mim significa um tempo de regozijo, quando éramos verdadeiramente felizes.
    Opa! Agora meu cérebro acaba de pregar uma peça. Como assim “éramos felizes”? Pois é, fica muito fácil acreditar que fomos felizes quando criança, porque o amor era algo sublime, despido de preconceitos e julgamentos. Mas o que nos impede de continuar a entender o amor como foi na época em que éramos crianças?
    Eu cresci vivenciando fragmentos de um sentimento que todos diziam ser amor. Via meus pais juntos, de mãos dadas e felizes. Via também o carinho com que meus avós tratavam a mim e ao meu irmão. Via também o amor estampado no focinho de cada animal que cruzava o meu caminho. Se parar e observar, ainda posso sentir todo esse amor. Sem saudade. Mas tenho a certeza de que esse é o mesmo amor que vejo agora permeando a vida dos meus filhos.
  • “Amar é...”

    • Não julgar.
    • Não criticar sem antes olhar para dentro de si mesmo.
    • Ajudar aquele que precisa, mesmo que não o conheçamos.
    • Andar de mãos dadas com a compaixão, sentimento tão necessário a todos e tão pouco vivenciado pela maioria de nós.
    • Despir-se de amarras.
    • Não acreditar que o outro mereça o mal que está recaindo sobre ele.
    • Cultivar amores fraternos e eternos.
    • Compreender as atitudes do outro.
    • Não infligir sofrimento ao outro.
    • Não compactuar com injustiças.
    • Saber-se parte de um grande reino divino, no qual todos os homens, animais e plantas são iguais.
    • Ver-se com humildade.
    • Encher o coração de felicidade para não sobrar espaço algum para a raiva.
    • Ter paciência com a vida.
    Viver com amor é sinônimo de elevação espiritual. A mesquinhez, a ira e o caos não encontram lugar no coração daquele que enxerga um mundo de amor. Você deve estar se perguntando se eu não acompanho todas as notícias sobre as atrocidades que os seres humanos cometem uns com os outros por objetivos vis, os escândalos políticos, as desgraças provocadas por pessoas irracionais.
    Sim, eu vejo e fico muito triste por perceber que muitos de nós não sabemos qual o verdadeiro objetivo de estarmos aqui na Terra. Mas eu opto por vislumbrar um horizonte azul e compassivo, pois eu não posso esperar os outros pararem de agir com maldade para que meu mundo, e o dos meus filhos, se torne melhor.
    Eu sei que se eu só tiver amor para doar, serei capaz de tocar algum coração frio, mesmo que seja apenas um, e fazê-lo mudar de rumo. Acho que você, leitor, também consegue colocar o amor em primeiro lugar. Vamos tentar juntos. Todos nós.

domingo, 5 de outubro de 2014

Depressão leva a suicídio

Mais um caso de depressão termina tragicamente levando a perda de mais um jovem no Estado Do Rio Grande do Sul.

Na manhã desta quinta feira, 29 de abril, é encontrado morto Orlando dos Santos,de 23 anos,morador de Estrela Velha,  pela Brigada Militar em seu apartamento,com suspeita de suicídio. A Brigada chegou ao local após ter recebido uma denuncia dos moradores do prédio,que relataram estar sentindo um odor desagradável vindo do apartamento do jovem.Quando arrombaram o  encontraram enforcado no meio da sala,já sem vida,com uma pequena carta de despedida do mesmo.
Os vizinhos  contaram a polícia que Orlando morava sozinho,e não possuía namorada.A família  relatou que o jovem tomava remédios controlados,pois o mesmo sofria de depressão e acreditam que isso foi o fator que levou ao ato de suicídio.A policia não encerrou o caso por completo.
Adriane Tretter

*Esta notícia foi baseada no conto: Ele, Ela e mais ninguém

A vítima da solidão


Nesta quarta-feira (05) foi encontrado morto em sua residência, Edward Anthony um senhor que aparenta ter 40 anos de idade e aparentemente sofria depressão.
Vizinhos reclamaram ao síndico do prédio que um forte cheiro vinha do apartamento do senhor Anthony, então chamaram a polícia e encontraram-no enforcado no meio da sala com um misterioso bilhete abaixo de seus pés escrito por Anthony momentos antes do acontecimento. O bilhete relata uma jovem moça, silenciosa e fez-lhe pensar em sua vida desde jovem, nele também estava escrito uma declaração de amor.
Moradores do prédio deram seu depoimento para a delegacia, e comentaram que ele não trazia ninguém ao seu apartamento há meses e ele nunca saia de casa. Foram olhadas as contas de telefone, o homem não ligou para ninguém neste meio tempo, inclusive para sua mãe.
Especula-se que ele sofria de depressão, por conta de estar longe de sua família, nunca ter casado ou ter filhos, um amigo de Anthony comentou com a polícia que ele bebia muito e nos últimos meses antes de se trancar em seu apartamento, foi atrás de psicólogos para tratar de sua eterna solidão desde criança, adolescente quanto adulta.



*Esta notícia foi baseada no conto: Ele, Ela e mais ninguém.

Solidão Assassina

 Foi encontrado morto em seu apartamento na última sexta-feira, o famoso empresário José Medeiros, após uma semana de seu falecimento.

 Após vizinhos telefonarem devido ao mau cheiro vindo do apartamento do empresário, a polícia encontrou José enforcado em sua residência. A perícia indica que o corpo do jovem de 27 anos já estava ali há mais de uma semana, o que de fato traria o odor. Vizinhos contam que José era muito mulherengo e de tempos em tempos trazia uma namorada nova para viver com ele, o que teria se tornado estranho ultimamente, pois o rapaz estava solteiro há mais de um mês.

 A causa de seu homicídio ainda não foi descoberta, porém, analises indicam que o jovem sofria de depressão. A mãe, muito abalada com o acontecimento, está intermada sem condições de dar entrevista. 

 O mistério só continua, pois caído abaixo do corpo foi encontrado um bilhete que mostrava o desabafo de um homem perturbado pela solidão de um amor verdadeiro. Nele, estava escrito que ele amava uma moça silenciosa que conviveu consigo durante seus últimos meses de vida e que o fez entender o sentido da vida.

 Segundo os pesquisadores, a solidão deveria ser encarada como um problema de saúde pública - tão preocupante quanto o tabagismo e o alcoolismo. 

*Notícia baseada no conto: Ele, Ela e mais ninguém.

Homem é encontrado morto, com carta misteriosa.

Homem é encontrado sem vida, em seu apartamento e junto dele estava uma carta, polícia investiga o caso.

Rafael Batista, de 27 anos, é encontrado morto pela polícia de Guarani das Missões na noite desta sexta-feira, dia 09, em seu apartamento, por um suposto suicídio de enforcamento.
Junto do corpo do jovem, estava uma carta, onde se despedia de um misterioso amor, relatos na família contam que Rafael estava sozinho a meses e desconfiam que o menino estava sobre uso de drogas, devido a grande depressão no momento em decidiu tirar a própria vida.

Vizinhos suspeitaram do cheiro forte vindo do apartamento e chamaram as autoridades. 
"Não víamos ele, fazia 6 dias", relatam testemunhas.
Polícia investiga todas as possibilidades, a causa do suicídio ainda é desconhecido.
A pequena cidade lamenta a morte do jovem Rafael e deseja forças a família.



Notícia baseada no conto: Ele, Ela e mais ninguém.

Por: Nathalia Peyrot Marciano

Conto: Ele, ela e mais ninguém.


"Veja como são as coisas.
Ele, tão experiente, já havia sido casado três vezes. Isso, sem contar tantas outras mulheres, com as quais conviveu por anos, meses, semanas, dias, ou algumas vezes, por apenas algumas horas...
Umas eram altas, outras baixas, umas santinhas, outras safadas, umas magras, outras nem tanto, algumas inteligentíssimas, e outras compensavam a falta de perspicácia de outras formas. Neste último quesito, acabou preferindo estas àquelas, como admitia abertamente.
Uma vez, chegou até a morar com duas moças ao mesmo tempo. Uma situação que começou bem, numa espécie de triângulo amoroso, que só ficou meio chata quando o triângulo virou trapézio, o trapézio virou hexágono, e assim por diante, até chegar num octaedro de perversão. Quando uma delas chegou em casa com um cabrito de cinta-liga, decidiu que era melhor voltar ao convencional. Abortou a missão e voltou correndo pra casa da mãe.
E o mesmo acabou acontecendo com todas elas... Para ele, eram como diversos legumes borbulhando num caldeirão recheado de diferentes temperos, trejeitos, charmes e manias.
Tornou-se um notório conhecedor do âmago feminino: Afinal de contas, sempre conviveu com elas ininterruptamente, desde que se conhecia por gente.
Quando amigos lhe pediam conselhos, a fim de melhor entender o universo feminino, sempre dava um leve sorriso com ares de professor, e respondia sem titubear.
Os conselhos quase sempre davam bons resultados, quando seguidos à risca.
Funcionavam, porque depois de certa idade, ele percebeu que a grande maioria das mulheres seguia certo padrão de comportamento, quando em condições normais de temperatura e pressão.
Desde criança, conviveu exclusivamente com mulheres. Foi criado apenas pela figura materna, desde que o pai saiu para ir até a padaria para comprar cigarros, há 32 anos atrás. Há quem diga que não volta mais. Mas ele não se importa.
Teve uma infância feliz, uma adolescência relativamente tranqüila, e saiu de casa aos 19 anos, logo depois de se casar com uma mulher de 35, uma bela balzaquiana que o ensinou muito sobre as coisas da vida, mas acabou o trocando por outro jovem ainda mais jovem, com16 anos. E isso aconteceu apenas 8 meses depois do casamento...
Foi duro, mas ele sobreviveu.
E assim foi, uma a uma, trocando de par como quem troca de roupa. Quando se desentendia com alguma delas, corria imediatamente para a casa da mãe. Um pouco pela saudade, um pouco pela falta de cuecas limpas. Mas definitivamente, uma coisa não excluía a outra.
Mas desta vez, tudo parecia ser realmente muito diferente: Tinha a nítida impressão que ainda não estava preparado para aquele momento. Uma sensação estranha para ele, que sempre foi muito bem resolvido nestas questões.
Já tinha experimentado de quase tudo, mas naquela tarde, quando o novo casal chegou ao pequeno apartamento (ele tinha acabado de sair da casa da sua mãe), tudo parecia novo. Novo, e assustador.
Resolveu então, esclarecê-la sobre todas as regras da casa.
Explicou tudo sobre suas manias, sua sistemática de organização, e principalmente, sobre a importância da logística de cervejas na geladeira.
Em resposta, não ouviu nenhuma palavra. Ela era assim... Tranqüila. E era justamente essa tranqüilidade que mais o assustava.
Mas tudo bem. Ele a havia escolhido por livre e espontânea vontade, e agora já não podia reclamar. Estava decidido: Iam viver juntos até que a morte os separasse, e da melhor forma que fosse possível.
O apartamento nunca havia sido tão silencioso. Ela era realmente diferente de todas as outras. Aquele silêncio era bom, mas às vezes incomodava um pouco.
Ele aproveitou para ler bastante, andar pelado pela casa, ouvir Lupicínio Rodrigues bem alto, ou simplesmente passar um tempo largado, pensando na vida. Ela nunca reclamava.
Mas aos poucos, o sossego e o silêncio passaram de um leve incômodo para um grande tormento. Acabou descobrindo que o problema não era com ela, ou então com as anteriores. O problema era ele.
Em poucos meses, começou a comer mal, dormir mal, e chegar atrasado ao trabalho. Foi despedido.
Ela, tranqüila como nunca, continuava impassível aos sofrimentos dele. Sabia que não podia fazer nada a respeito, e se alguém podia resolver a situação, esse alguém era ele mesmo.
Já ele, acabou por descobrir como sua vida foi (e ainda era) fútil e sem propósito.
Sem nenhuma outra idéia, decidiu encerrar prematuramente seus dias na Terra.
Enquanto seu corpo balançava pendurado no meio da sala, já sem vida, caía do bolso da sua camisa um pequeno bilhete com a seguinte mensagem:
“Minha querida:
Vim, vi, mas não venci.
Não há vencedores nesse mundo, mas apenas vencidos.
De todas as companheiras que já tive em meu caminho, você foi a melhor.
Fez-me enxergar o sentido da vida, e ver que a vida não faz sentido algum.
Por favor, não se culpe pelo que aconteceu. A decisão foi minha.
No fundo, você sempre soube que isso ia acontecer. Mas nada poderia ter feito.
Sei também que você há de continuar seu caminho, como sempre, mergulhada neste teu silêncio crônico, que tanto me atraiu.
Muita gente nesse mundo ainda precisa de você, minha querida.
Segue teu caminho, pois você já não me pertence mais.
Ainda iremos nos rever na eternidade, e rir muito disso tudo.
Ao menos, assim espero.
É com esta esperança que me despeço de você, minha grande paixão.
Com carinho,
Seu eterno amante.”
Dias depois, quando a polícia arrombou a porta do apartamento a pedido dos vizinhos, que estranharam o cheiro de carne podre, ninguém entendeu mais nada.
Para quem seria aquela carta, se ele já morava sozinho há meses, enclausurado em seu pequeno apartamento?
Após alguns dias de investigações, descobriu-se que o destinatário não era exatamente uma pessoa, por assim dizer.
O seu último e mais profundo amor, a quem carinhosamente chamava de querida, de paixão, era apenas uma poeira leve, que os outros, que nada sabem da vida, insistem em chamar de ‘solidão’."
Herr Brehm

Fonte: http://www.recantodasletras.com.br/contos/1126332